Doenças

Urologia Geral

Fimose e parafimose

fimose

A fimose é definida como a incapacidade ou dificuldade de retrair o prepúcio (pele que cobre a cabeça do pênis) e pode ocorrer em homens de todas as idades. Pode apresentar dor e o aumento da sensibilidade na cabeça do pênis (glande) com desconforto no momento das relações sexuais ou masturbação. Além disso, a fimose aumenta a chance de um indivíduo contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST) como a sífilis, gonorréia, HPV e HIV. Outras situações que geralmente são favorecidas pela presença da fimose são a candidíase e infecção urinária.

A parafimose ocorre em casos grave de fimose, onde o prepúcio retrai, mas é incapaz de retornar à sua posição original para cobrir a glande. A parafimose dificulta a chegada de sangue no pênis, o que pode trazer sérios problemas. É importante a consulta com um especialista para o diagnóstico o mais rápido possível.

Escroto agudo

escroto agudo

As principais causas são: orquite, epididimite, orquiepididimite, torção testicular ou de seus apêndices e trauma. Outras causas como a presença de tumores, outros tipos de infecção e vasculites também podem gerar um quadro de escroto agudo. As torções são mais comuns em crianças e adolescentes, enquanto que as inflamações e o trauma são mais comuns em indivíduos adultos. O mais importante é identificar a causa da dor testicular, porque pacientes que apresentam a torção testicular devem ser submetidos a um tratamento cirúrgico de urgência. Esse diagnóstico é dado após avaliação do especialista e a realização de alguns exames, como o ultrassom com Doppler da bolsa escrotal.

Varicocele

A varicocele, comumente conhecida como varizes no escroto, é definida como uma dilatação anormal das veias testiculares causada por refluxo venoso.

Essa doença é encontrada em aproximadamente 14-20% dos adolescentes do sexo masculino e com predominância do lado esquerdo.

Na maioria das vezes é assintomática. Porém, em alguns casos pode causar dor e falha no desenvolvimento testicular.

Além disso, a varicocele é a principal causa de infertilidade no homem (aproximadamente 20% dos homens com varicocele podem apresentar infertilidade).

Aumento prostático benigno

O aumento prostático benigno é uma condição muito comum no homem. Estima-se que a partir dos 50 anos de idade, 50% dos homens vão apresentar aumento do volume prostático. Os pacientes atingidos pela doença apresentam sintomas urinários que impactam significativamente na qualidade de vida, como por exemplo: jato urinário fraco, força para urinar, jato intermitente, sensação de esvaziamento incompleto, frequência urinária aumentada, nictúria (acordar várias vezes a noite para urinar).

Se essa doença não for tratada adequadamente, o paciente pode evoluir com complicações como retenção urinária, litíase vesical (pedra na bexiga), infecção urinária, insuficiência renal e hematúria macroscópica (sangue na urina).

Devido à alta incidência e risco de gravidade, é necessário um acompanhamento regular com o urologista.

Andrologia

Disfunção erétil

Disfunção erétil (DE), também conhecida como impotência sexual, é a incapacidade de ter ou manter uma ereção para um desempenho sexual satisfatório. É um problema de saúde do homem que aumenta com a idade, acometendo 10% dos homens até os 49 anos, 35% entre 50-59 anos e até 61% nos homens com mais de 70 anos. A DE se associa a uma série de fatores e doenças como desordens psiquiátricas ou psicológicas, problemas prostáticos, tabagismo, medicações, alterações hormonais, condição socioeconômica e doenças crônicas, sendo os principais: problemas cardíacos, diabetes, hipertensão arterial (pressão alta) e a cirurgia para o tratamento do câncer de próstata. O diagnóstico é basicamente clínico, dependendo da história clínica e exame físico do paciente. Exames complementares podem ajudar a identificar algumas causas.

Ejaculação precoce

A ejaculação precoce é um problema bastante prevalente na sociedade. Estima-se que cerca de 30% dos homens entre 18-50 anos e 55% dos homens entre 50-59 anos sofrem desta condição.

Na maioria das vezes a ejaculação precoce tem causa psicogênica, podendo estar relacionada com ansiedade e problemas de relacionamento conjugal.

Existem várias formas de tratamento, sendo preciso identificar a causa da ejaculação precoce para iniciar o tratamento adequado.

Deficiência androgênica do envelhecimento masculino (Queda de testosterona)

Da mesma forma que a mulher apresenta redução dos hormônios com o envelhecimento, o homem  também apresenta a queda da testosterona. Porém em diferentes proporções e diferentes causas. A queda de testosterona está associada há obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

Em média, a partir dos 40 anos de idade ocorre uma queda gradativa da produção de testosterona, gerando sinais e sintomas que impactam significativamente a qualidade de vida, por exemplo: Perda de libido, disfunção erétil,  indisposição, fadiga, depressão, ginecomastia (aumento da mama), fogacho, obesidade, redução da musculatura, redução do tamanho do testículo.

O urologista é o especialista capacitado para o tratamento desta condição.

Uro-oncologia

Câncer de próstata

Excetuando-se os cânceres de pele, o Câncer de Próstata (CAP) é o mais comum do homem. Atualmente devido conscientização da população à detecção precoce onde a doença é assintomática e localizada as possibilidades de cura são maiores. Os fatores de risco determinantes para o desenvolvimento do câncer de próstata não estão completamente estabelecidos. Embora alguns foram já identificados: idade elevada, origem étnica e hereditariedade.

Como a doença é assintomática na fase inicial, é extremamente importante uma investigação e acompanhamento regular com o urologista.

Câncer de bexiga

O câncer de bexiga é uma doença grave e que influencia negativamente na qualidade de vida de uma pessoa.

 

É o segundo tumor urológico mais frequente e é mais prevalente entre os homens que as mulheres. É mais comum em pessoas brancas e por volta da sétima década de vida.

⁣⁣Esta doença esta associada principalmente com o tabagismo; exposição às substâncias encontradas em indústria de tintas, borracha e petróleo; infecções urinárias de repetição, cateterização vesical e pedra na bexiga.

Os sintomas mais comuns são: sangramento da urina, ardência ao urinar, frequência urinária aumentada e vontade incontrolável de urinar.⁣⁣

As pessoas que mais devem estar atentas são os pacientes com mais de 55 anos e tabagistas.

Se você se encontra nesse grupo, faça acompanhamento regular com um urologista.

Câncer de pelve renal e ureter

São chamados de tumor do trato urinário superior, são raros e de difícil visualização endoscópica. Os tumores de pelve renal correspondem a 10% dos tumores renais e 5% dos tumores uroteliais. São mais comuns em homens acima dos 65 anos.

Tabagismo (ex-fumantes ainda têm duas vezes mais chance de desenvolver o tumor), abuso de analgésicos, exposição a agentes químicos (plástico, piche, asfalto), infecção urinária crônica e hereditariedade.

Câncer de pênis

Câncer raro, frequente em população de baixo nível socioeconômico com incidência de 2,9-6,8/100.000 habitantes, corresponde a 2% das neoplasias malignas do homem.

Causado por fimose, má higiene, tabagismo e HPV.

É importante fazer o auto-exame e acompanhamento regular com urologista, para prevenção e tratamento precoce.

Câncer de rim

O Câncer de Rim (CR) corresponde a aproximadamente 3% dos tumores malignos em adultos. Nos Estados Unidos, são diagnosticados cerca de 65 mil novos casos por ano e aproximadamente 14 mil pessoas morrem pela doença.

Embora a mortalidade relacionada ao CR esteja em queda devido ao maior acesso aos métodos diagnósticos, esse tumor urológico é bastante agressivo quando em estágios mais avançados.

O fator de risco mais importante relacionado à doença é a história familiar, principalmente a presença de uma doença conhecida como Von-Hippel-Lindau (VHL).

Faça acompanhamento regular, pois a detecção precoce aumenta as chances de cura da doença.

Câncer de testículo

O câncer de testículo representa o tumor sólido que mais acomete jovens do sexo masculino entre 15 e 45 anos. Apesar de raro, representa cerca de 1% dos cânceres nos homens. São unilaterais em sua maioria. No Brasil, acomete 2,2 pacientes em 100 mil homens.

Seus principais fatores de risco são: Criptorquidia (testículos não-descidos), história familiar, disgenesia testicular, Síndrome de Klinefelter, infertilidade e portadores de HIV.

O diagnóstico é feito com a presença de nódulo e massa ou aumento do testículo, na grande maioria dos casos, indolor.

É importante fazer o auto-exame e acompanhamento regular com urologista, para prevenção e tratamento precoce.

Doenças Infecciosas

Infecção urinária

É um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário (rins, bexiga, uretra e ureteres). Esse tipo de infecção é mais comum na parte inferior do trato urinário, do qual fazem parte a bexiga e a uretra.

As infecções do trato urinário são extremamente comuns, especialmente em mulheres.

Embora não seja tipicamente complicada ou cause risco de vida, ela causa dor e afeta negativamente a qualidade de vida da paciente, como dor e sensação de queimação ao urinar, entre outros sintomas.

Existem várias medidas preventivas para a infecção urinária. Faça sempre acompanhamento com o especialista.

Uretrite

É a inflamação aguda da uretra masculina (canal da urina) que ocorre pela instalação e desenvolvimento de microorganismos (bactérias). É considerada doença sexualmente transmissível (DSTs).

As uretrites são caracterizadas clinicamente pela ardência/dificuldade ao urinar e secreção uretral clara ou amarelada/esverdeada.

As uretrites mais conhecidas são: gonorreia, infecção por Clamídia e a candidíase

Cálculo urinário

Também chamado de litíase, é uma doença causada pela precipitação anormal de cristais no sistema urinário gerando a formação de cálculos, que podem acometer qualquer parte do trato urinário. Os cálculos renais apresentam uma prevalência que pode chegar a 20% da população em geral e está ligada aos hábitos de vida.

Pode acometer homens, mulheres e crianças. A dor em cólica é o principal sintoma, podendo estar associada a sangramento na urina e vômitos. Porém, dependendo da localização os cálculos urinários podem ser assintomáticos.

É uma doença que apresenta alto índice de recorrência (1ano – 15%, 5 anos – 35%, 10 anos – 50%), sendo necessário um acompanhamento com o urologista e nefrologista, visando a prevenção de novos episódios.

Existem várias modalidades de tratamento, que vão depender do tamanho do cálculo, da sua densidade, da localização no trato urinário e das comorbidades que o paciente apresenta.

Incontinência urinária

É a perda involuntária de urina pelo paciente. É uma condição muito comum na prática clínica do urologista. Pode atingir homens, mulheres e crianças. Existem diversas causas de incontinência urinária. Alterações anatômicas, infecciosas, funcionais, neurológicas, traumáticas podem comprometer o funcionamento adequado do trato urinário. Como exemplo podemos citar a incontinência urinária de esforço, condição bastante comum em mulheres, que é caracterizada pela perda involuntária de urina aos esforços, condições  que aumentam a pressão intra-abdominal (atividade física e tosse, por exemplo).

É fundamental uma avaliação clínica por médico urologista para identificar as possíveis causas e realizar a investigação diagnóstica adequada para cada caso.

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